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sábado, 27 de março de 2021

Evangeliza - Amor, imbatível amor

 Amor, imbatível amor

(Joanna de Ângelis / Divaldo Pereira Franco)
 
 

 
O amor é substância criadora e mantenedora do Universo, constituído por essência divina.

É um tesouro que, quanto mais se divide, mais se multiplica, e se enriquece à medida que se reparte. Mais se agiganta, na razão que mais se doa. Fixa-se com mais poder, quanto mais se irradia. Nunca perece, porque não se entibia nem se enfra­quece, desde que sua força reside no ato mesmo de doar-se, de tornar-se vida.

Assim como o ar é indispensável para a existência orgânica, o amor é o oxigênio para a alma, sem o qual a mesma se enfraquece e perde o sentido de viver. É imbatível, porque sempre triunfa sobre todas as vicissitudes e ciladas.

Quando aparente — de caráter sensualista, que bus­ca apenas o prazer imediato — se debilita e se envene­na, ou se entorpece, dando lugar à frustração.

Quando real, estruturado e maduro — que espera, estimula, renova — não se satura, é sempre novo e ideal, harmônico, sem altibaixos emocionais. Une as pes­soas, porque reúne as almas, identifica-as no prazer geral da fraternidade, alimenta o corpo e dulcifica o eu profundo.

O prazer legítimo decorre do amor pleno, gerador da felicidade, enquanto o comum é devorador de ener­gias e de formação angustiante.

O amor atravessa diferentes fases: o infantil, que tem caráter possessivo, o juvenil, que se expressa pela insegurança, o maduro, pacificador, que se entrega sem reservas e faz-se plenificador.

Há um período em que se expressa como compen­sação, na fase intermediária entre a insegurança e a ple­nificação, quando dá e recebe, procurando liberar-se da consciência de culpa.

O estado de prazer difere daquele de plenitude, em razão de o primeiro ser fugaz, enquanto o segundo é permanente, mesmo que sob a injunção de relativas aflições e problemas-desafios que podem e devem ser vencidos.

Somente o amor real consegue distingui-los e os pode unir quando se apresentem esporádicos.

A ambição, a posse, a inquietação geradora de in­segurança — ciúme, incerteza, ansiedade afetiva, cobran­ça de carinhos e atenções —, a necessidade de ser ama­do caracterizam o estágio do amor infantil, obsessivo, dominador, que pensa exclusivamente em si antes que no ser amado.

A confiança, suave, doce e tranqüila, a alegria na­tural e sem alarde, a exteriorização do bem que se pode e se deve executar, a compaixão dinâmica, a não-posse, não-dependência, não-exigência, são benesses do amor pleno, pacificador, imorredouro. Mesmo que se modifiquem os quadros existenci­ais, que se alterem as manifestações da afetividade do ser amado, o amor permanece libertador, confiante, in­destrutível.

Nunca se impõe, porque é espontâneo como a pró­pria vida e irradia-se mimetizando, contagiando de jú­bilos e de paz.

Expande-se como um perfume que impregna, agra­dável, suavemente, porque não é agressivo nem em­briagador ou apaixonado...

O amor não se apega, não sofre a falta, mas frui sempre, porque vive no íntimo do ser e não das gratifi­cações que o amado oferece.

O amor deve ser sempre o ponto de partida de to­das as aspirações e a etapa final de todos os anelos hu­manos.

O clímax do amor se encontra naquele sentimento que Jesus ofereceu à Humanidade e prossegue doan­do, na Sua condição de Amante não amado.
 

(Página psicografada por Divaldo Pereira Franco, extraída do livro “Amor, imbatível amor”, de Joanna de Ângelis. Cap. 1 - Amor, Imbatível Amor).

quarta-feira, 24 de março de 2021

Evangeliza - Deus (Casimiro de Abreu -1839-1860)

 Deus

(Casimiro de Abreu -1839-1860)



Eu me lembro! Eu me lembro! – Era pequeno
E brincava na praia; o mar bramia
E erguendo o dorso altivo, sacudia
A branca escuma para o céu sereno

E eu disse a minha mãe nesse momento:
“Que dura orquestra! Que furor insano!
“Que pode haver maior que o oceano,
“Ou que seja mais forte do que o vento?!”

Minha mãe a sorrir olhou pr’os céus
E respondeu: – Um Ser que nós não vemos
“É maior do que o mar que nós tememos,
“Mais forte que o tufão! Meu filho, é – Deus!”

sexta-feira, 19 de março de 2021

O Amor (versão de Perhaps Love por Vansan)

O Amor (versão de Perhaps Love por Vansan)



O amor pode ser como um sol nas trevas de alguém
O amor é dar abrigo se a tempestade vem
E quando tudo escuro for e a vida solidão
O amor vai iluminar o coração

O amor nos abre para a paz, clareza e compreensão
Convida a estar pertinho ao unirmos nossas mãos
E se estiver perdido, sozinho e sem ninguém
O amor te leva ao caminho do bem

Às vezes é como uma flor em perfume e beleza
Ás vezes passa pela dor, dá força e traz firmeza
Mas ninguém vive sem amor, a gente quer carinho
E vê que nas horas de dor jamais se está sozinho

É o amor às vezes como o mar na força e na brandura
Como o fogo que aquece o frio ou brisa de ternura
Pra sempre assim quero viver e meu sonho alcançar
Simplesmente pra poder te amar

Às vezes é como uma flor em perfume e beleza
Ás vezes passa pela dor, dá força e traz firmeza
Mas ninguém vive sem amor, a gente quer carinho
E vê que nas horas de dor jamais se está sozinho

Autor: Vansan (Perhaps Love)
Autor desconhecido




quarta-feira, 3 de março de 2021

Evangeliza - Não existe sofrimento que nos impeça de ajudar

 Não existe sofrimento que nos impeça de ajudar



Um grupo de adolescentes, vinculado a determinada instituição religiosa, realizava, de tempos em tempos, uma campanha que chamavam Campanha do quilo.
Viviam numa cidade do interior do Estado e, em cada jornada, saíam pelas ruas, batendo de casa em casa, pedindo alimentos para, posteriormente, atenderem famílias carentes de certa região do município.
Todos se sentiam úteis e motivados, dando sua contribuição àqueles que tinham menos. Uma excelente iniciativa, que busca construir homens e mulheres com maior responsabilidade social e com senso de fraternidade.
Após se dividirem, naquele que era mais um dia de ação no bem, um grupo pequeno chegou em frente a uma casa e bateu à porta.
Demoraram para atender. Depois da segunda ou terceira tentativa, foram recebidos por uma senhora de meia idade, cabisbaixa, quase sem energias, com os olhos vermelhos – olhos de quem chorara muito.
Os jovens fizeram seu pedido, deram suas justificativas, e a moradora, sem nada questionar, pediu que esperassem um pouco.
Enquanto aguardavam, outra mulher se apresentou, mais jovem, também com o rosto marcado pelas lágrimas, mas extremamente incomodada.
Perguntou o que faziam ali, logo naquele momento! E que fossem embora – sem ouvir qualquer explicação dos meninos e meninas à porta.
Esses não souberam muito bem o que fazer, e continuaram ali, esperando.
Um deles até se atreveu a dizer: Mas aquela senhora disse que esperássemos aqui.
A mulher, enfurecida e sem paciência, respondeu: Este não é um bom momento! Precisamos de respeito! Ela acabou de perder o marido! Acabamos de voltar do enterro de meu pai, isto é, do marido dela!
Os jovens ficaram atônitos e sem jeito. Não esperavam por isso.
Quando estavam se retirando, mudos, a senhora apareceu à porta, com um grande saco de cinco quilos de açúcar.
Não havia deixado de ouvir a bronca da filha nos adolescentes, e então se pronunciou, dirigindo-se a ela:
Filha... Não existe sofrimento que nos impeça de ajudar alguém.
Todos ficaram em silêncio... O que dizer num momento desses?
Entregou a sua doação com as últimas forças que lhe restavam naquele instante, e os adolescentes se foram.

***

O relato é desses de deixar os olhos mareados e encher o coração de esperança.
Que desprendimento dessa boa alma... Justamente no momento em que mais precisava de ajuda, de consolo, ela ainda encontrou espaço no coração para ajudar.
O sofrer intenso não a impediu de pensar naqueles que precisavam de alimento, de amparo material.
Essa é uma das características do bem sofrer. Ele não nos fecha numa redoma de dor e egoísmo. Por saber sofrer, ele consegue inclusive considerar e entender a dor alheia com mais facilidade.
Ele não pensa que a sua dor é a única e a maior do mundo. Existem outras dores e outras almas precisando de auxílio.
Pensemos muito sobre esta lição:
Não existe sofrimento que nos impeça de ajudar alguém...
Pensemos nisso... Pensemos agora.

Redação do Momento Espírita.
Disponível em: http://www.momento.com.br/

Em 02.05.2013.

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