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domingo, 21 de maio de 2023

Coerência

 Coerência



Atribui-se a Mahatma Gandhi uma das mais belas histórias que já tive a oportunidade de ouvir. Conta-se que, em determinado dia, Gandhi andava pelas ruas da Índia quando foi surpreendido por um guarda britânico, que sem nenhum motivo proferiu um soco em seu rosto, levando-o ao solo.

Gandhi se levantou, sem proferir uma única palavra de protesto, e prostrou-se de pé diante do soldado que sem hesitar proferiu um segundo soco em Gandhi, que novamente tombou ao chão.

Nesse momento, uma multidão começou a se aglomerar ao redor da confusão, formada por transeuntes que presenciaram o ato de violência. Temendo o pior, Gandhi tenta acalmar o ímpeto de revolta da população.

O soldado impetuoso e irônico pergunta a Gandhi: “Covarde! Quem te ensinou a não reagir?”. Calmamente Gandhi levanta o braço e aponta o dedo para o peito do soldado lhe dizendo: “Foi esse homem preso à cruz, pendurada em teu peito”.

O soldado então coloca a mão no crucifixo que carregava em seu pescoço e constrangido com a resposta de Gandhi, evadiu-se do local sem nada dizer.

Gandhi não era cristão, era hindu, mas naquele momento foi capaz de exercer um dos preceitos cristãos mais difíceis de serem executados, “oferecei a outra face”.

Qual daqueles dois homens foi de fato coerente com a sua fé? O que agiu com violência ou aquele que agiu com mansuetude?

Sejamos coerentes com a nossa fé e lembremos qual a verdadeira razão de sermos Cristãos.


terça-feira, 16 de maio de 2023

Amor

Amor
(João de Brito)




O Amor, sublime impulso de Deus, é a energia que move os mundos:
Tudo cria, tudo transforma, tudo eleva.
Palpita em todas as criaturas.
Alimenta todas as ações.

***

O ódio é o Amor que se envenena.
A paixão é o Amor que se incendeia.
O egoísmo é o Amor que se concentra em si mesmo.
O ciúme é o Amor que se dilacera.
A revolta é o Amor que se transvia.
O orgulho é o Amor que enlouquece.
A discórdia é o Amor que divide.
A vaidade é o Amor que ilude.
A avareza é o Amor que se encarcera.
O vício é o Amor que se embrutece.
A crueldade é o Amor que tiraniza.
O fanatismo é o Amor que petrifica.
A fraternidade é o Amor que se expande.
A bondade é o Amor que se desenvolve.
O carinho é o Amor que se enflora.
A dedicação é o Amor que se estende.
O trabalho digno é o Amor que aprimora.
A experiência é o Amor que amadurece.
A renúncia é o Amor que se ilumina.
O sacrifício é o Amor que se santifica.
O Amor é o clima do Universo.

***

É a religião da vida, a base do estímulo e a força da Criação.
Ao seu influxo, as vidas se agrupam, sublimando-se para a imortalidade.
Nesse ou naquele recanto isolado, quando se lhe retire a influência, reina sempre o caos.
Com ele, tudo se aclara.
Longe dele, a sombra se coagula e prevalece.
Em suma, o bem é o Amor que se desdobra, em busca da Perfeição no Infinito, segundo
os Propósitos Divinos; e o mal é, simplesmente, o Amor fora da Lei.

(XAVIER, Francisco Cândido. Falando à Terra. Espíritos Diversos - João Brio. Página 57 - Amor).

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