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domingo, 26 de maio de 2024

Tem bom ânimo!

 Tem bom ânimo!

(CLÉLIA ROCHA)


Não desanimes.
Por mais turbilhonária e dolorosa te seja a existência, não olvides três recursos essenciais ao sustento da paz íntima: a prece, a leitura edificante e o serviço desinteressado em favor do próximo.
Freqüentemente, empolgado pelas tribulações que o absorvem nas lides terrestres, distancia-se o homem do mundo espiritual que o rodeia, esquecendo esse trio de amor e luz. Entretanto, em qualquer circunstância, a oração alivia, a página consoladora esclarece e mera demonstração de bondade atrai, para quem a pratica, o reconhecimento de quem o recebe, por fator de renovação.
Não vaciles, desse modo, na própria fé. Confia, educa-te e trabalha amparando sempre, na convicção de que os Mensageiros Divinos jamais te abandonam .
Chaves da fortuna amoedada não te abrirão portas para a tranqüilidade da alma; cetros de autoridade passageira não te solucionarão problemas do espírito e o falso repouso da fuga comprada não te suprime as sombras da consciência.
No que tange à individualidade imperecível, só existe uma diretriz clara e justa: a preparação do futuro espiritual.
Na prodigiosa orquestra de forças, formas, sons, cores e movimentos de que se compõe a vida, não permitas que as tuas obrigações propriamente humanas, respeitáveis mas transitórias, te desfigurem a visão da realidade.
Não te admitas ao desamparo. Recolhe o socorro que a Providência te oferta na feição deserviço.
Não demandes auxílio somente a distância. Ajuda a ti mesmo.
Entreabre o celeiro da própria confiança e sorri, ainda mesmo no seio de pesares e aflições.
Não te incomode sofrer. Chora, a caminho da alegria perfeita, como quem chora guardando a luz da consciência pacificada no dever irrepreensivelmente cumprido. Todos os sofrimentos trazem consolo, mesmo aqueles, físicos ou morais, que afligem as criaturas em maior grau de intensidade à face da violência com que se manifestam, quais sejam o desastre, a moléstia inesperada, o desentendimento ou a desilusão.
O mal temporário, suportado com paciência faz-se bem definitivo.
Por que motivo agravar provações no pessimismo devastador?
Ninguém vive sem compromissos perante a Lei. Quem ainda não delinquiu? O erro é comum na escola de cada dia. Urge, porém, apagá-lo e prosseguir na lição.
A queda é acidente natural no esforço de quem se movimenta e constrói.
Importa, contudo, levantar e reaprender.
Encoraja-te, pois, e segue adiante, espalhando o bem, porque, em toda dificuldade, basta que te arrimes à fé simples e pura, para ouvires a voz do Senhor a dizer-te no coração:
— Tem bom ânimo! Para que duvidar?

(ROCHA, Clélia. Seareiros de Volta. Psicográfado por. Waldo Vieira. FEB. Págs. 45 e 46).

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