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terça-feira, 19 de julho de 2022

Evangeliza - A Lição do Semeador

A Lição do Semeador

(Selma Lagerlöf - Divaldo Pereira Franco)


Ulverson Olsson era um homem portador de caráter especial, que se tornara indiferente ao bem, afirmando que ninguém realizava qualquer coisa de útil, que não mantivesse sob disfarce os interesses inescrupulosos dos desejos egoísticos.

Nascera num lar abastado de família tradicional e a ociosidade dele fizera um fútil, destituído dos sentimentos superiores de solidariedade e de amor.

Nos seus comentários ácidos sempre destilava pessimismo, a soldo de um comportamento cínico e destruidor.

Zombava da ingenuidade de Nils Holgersson e da pata Abba de Kebnekaise em sua viagem fantástica pelas fronteiras da Suécia demarcando as regiões, reduzindo todos os atos de amor a lendas e fantasias da imaginação de pessoas que considerava servis.

Tendo visitado a Lapônia (Lapplandis lãn) desconsiderava as tradições e as heranças místicas do seu nobre povo, lamentando não haver nascido na formosa região, onde os gênios e as fadas confraternizam com as criaturas vegetais, animais e humanas, para ter o prazer de as negar.

Como a sua existência era ociosa, viajava, quase sem cessar, a fim de apaziguar o vazio interior, que resultava da falta de objetivos elevados com que a existência humana se torna digna e formosa.

Insensível ao amor, comprometera-se intimamente gratificar qualquer pessoa cujos gestos de abnegação fossem destituídos de ambições egotistas.

Mesmo quando se referia a Jesus, em cuja doutrina fora educado, recusava-se a render-se ao Amor capaz de apaziguar todas as inquietações com a doçura do Seu olhar, com a musicalidade da Sua voz e com a inefável bondade do Seu coração.

Nesse tormento, fizera-se solitário e, porque não dizer, infeliz.

A felicidade é filha predileta do sentimento dos deveres tranquilamente cumpridos, mas Ulverson, distanciado do trabalho de solidariedade humana, não atendia a compromissos morais relevantes, nem desempenhava atividades que lhe exalçassem o caráter.

Nem mesmo as doces criancinhas conseguiam arrancar-lhe um sorriso de carinho ou um gesto afetuoso.

Dizia que se tratava de seres desagradáveis, e que, ingênuas na infância iam crescer depois, tornando-se arrogantes e desagradáveis quando adolescentes e adultos…

Parecia a figueira que secou, a grave lição apresentada por Jesus, no Seu Evangelho, como ensinamento profundo a respeito da produção que tudo e todos devem cumprir.

O seu mau humor tornara-o uma pessoa indelicada e desagradável.

A vida humana é rica de oportunidades para amar-se e confraternizar-se, espalhando alegrias e produzindo bem-estar.

Existem muitos corações afetuosos que perderam o rumo e, semelhantes a embarcações sem leme, navegam à matroca, correndo riscos numerosos.

Também são incontáveis aqueles que experimentam sofrimento e solidão, por não encontrarem uma palavra de amizade ou de compreensão, ajuda fraternal e entendimento, capazes de diminuir-lhes as culpas, os conflitos, as aflições pessoais…

Toda vez quando alguém se resolve por ajudar outrem, torna-se melhor, descobre o valor da existência e enriquece-se de alegria.

Não era o caso de Olsson, o viajante desencantado de si mesmo.

Numa das viagens, enquanto caminhava triste, observou um homem de avançada idade, que plantava pinheiros. Silenciosamente, cavava o buraco na verde relva e colocava uma semente, cobria-a e seguia adiante.

Parecia cansado, vergado ao peso dos anos, mas o semblante apresentava um sorriso jovial e encantador.

Tudo nele denotava a presença da felicidade, que nascia nas fibras delicadas do amor.

O rosto se encontrava iluminado por um sorriso gentil.

Quando Olsson o viu, sentiu-se estranhamente atraído pelo semeador, a quem interrogou:

Essas terras lhe pertencem, considerando-se que o senhor está plantando essas pináceas que crescem lentamente e que a sua idade não lhe permitirá vê-las grandiosas?

Não, não me pertencem essas terras. São da comunidade e delas cuido para que permaneçam exuberantes em decorrência das árvores nelas plantadas e replantadas.

Certamente não as verei adultas e belas. Mas isso, para mim, não é importante, porque todas essas que existem a volta, não fui eu quem as plantou, e aqui estão oferecendo-nos madeira, sombra, beleza, mantendo a natureza em triunfo.

Ele fez uma pausa, e logo prosseguiu:

Quando eu era jovem, plantava legumes porque podia alimentar-me deles pouco tempo depois. Com o tempo ocorreu-me plantar árvores.

E o que o senhor ganha com isso? – interrompeu -o, desconfiado.

Ganho a alegria de semear. Recordo-me que muito antes de mim, houve Alguém que semeou vidas para todo o sempre. Mesmo quem planta árvores pensa em acolher-se na sua sombra, o que não é o meu caso, mas quem planta vidas, semeia para a eternidade, sem esperar qualquer recompensa. Foi o que fez Jesus.

Nunca devemos semear esperando a colheita por nós mesmos, mas por todos aqueles que virão depois.

Não espera nenhuma compensação?

Sim, o prazer de semear, de plantar beleza, de participar da vida.

Emocionado, pela primeira vez, Ulverson Olsson, saltou do animal e acercando-se do ancião, disse-lhe com inusitada alegria:

Permita-me plantar árvores com você e cuidar da sua vida, porque sou jovem e cheio de energias.

Como Alguém plantou vidas, espero que Ele aceite que eu seja cuidador também da vida que Ele semeou.

A partir dali, em face da lição do semeador, Ulverson fez-se, também, semeador de esperança, de alegria, de paz, de árvores e de vidas.


(Selma Lagerlöf - Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na noite de 28 de maio de 2008, em Estocolmo, Suécia. Em 01.06.2009).

domingo, 17 de julho de 2022

Evangeliza - A visita da Verdade

 A visita da Verdade

(Neio Lúcio - Francisco Cândido Xavier)


Certa feita, disse o Mestre que só a verdade fará livre o homem; (Jo 8:32) e, talvez porque lhe não pudesse apreender, de imediato, a vastíssima extensão da afirmativa, perguntou-lhe Pedro, no culto doméstico:

— Senhor, que é a verdade?

Jesus fixou no rosto enigmática expressão e respondeu:

— A Verdade total é a Luz Divina total; entretanto, o homem ainda está longe de suportar-lhe a sublime fulguração.

Reparando, porém, que o pescador continuava faminto de esclarecimentos novos, o Amigo Celeste meditou alguns minutos e falou:

— Numa caverna escura, onde a claridade nunca surgira, demorava-se certo devoto, implorando o socorro divino. Declarava-se o mais infeliz dos homens, não obstante, em sua cegueira, sentir-se o melhor de todos. Reclamava contra o ambiente fétido em que se achava. O ar empestado sufocava-o — dizia ele em gritos comoventes. Pedia uma porta libertadora que o conduzisse ao convívio do dia claro. Afirmava-se robusto, apto, aproveitável. Por que motivo era conservado ali, naquele insulamento doloroso? Chorava e bradava, não ocultando aflições e exigências. Que razões o obrigavam a viver naquela atmosfera insuportável?

Notando Nosso Pai que aquele filho formulava súplicas incessantes, entre a revolta e a amargura, profundamente compadecido enviou-lhe a Fé.

A sublime virtude exortou-o a confiar no futuro e a persistir na oração.

O infeliz consolou-se, de algum modo, mas, a breve tempo, voltou a lamuriar.

Queria fugir ao monturo e, como se lhe aumentassem as lágrimas, o Todo-Poderoso mandou-lhe a Esperança.

A emissária afagou-lhe a fronte suarenta e falou-lhe da eternidade da vida, buscando secar-lhe o pranto desesperado. Para isso, rogou-lhe calma, resignação, fortaleza.

O pobre pareceu melhorar, mas, decorridas algumas horas, retomou a lamentação.

Não podia respirar — clamava, em desalento.

Condoído, determinou o Senhor que a Caridade o procurasse.

A nova mensageira acariciou-o e alimentou-o, endereçando-lhe palavras de carinho, qual se lhe fora abnegada mãe.

Todavia, porque o mísero prosseguisse gritando, revoltado, o Pai Compassivo enviou-lhe a Verdade.

Quando a portadora de esclarecimento se fez sentir na forma de uma grande luz, o infortunado, então, viu-se tal qual era e apavorou-se. Seu corpo era um conjunto monstruoso de chagas pustulentas da cabeça aos pés e, agora, percebia, espantado, que ele mesmo era o autor da atmosfera intolerável em que vivia. O pobre tremeu cambaleante, e, notando que a Verdade serena lhe abria a porta de libertação, horrorizou-se de si mesmo; sem coragem de cogitar da própria cura, longe de encarar a visitadora, frente a frente, para aprender a limpar-se e purificar-se, fugiu, espavorido, em busca de outra furna onde conseguisse esconder a própria miséria que só então reconhecia.

O Mestre fez longa pausa e terminou:

— Assim ocorre com a maioria dos homens, perante a realidade. Sentem-se com direito à recepção de todas as bênçãos do Eterno e gritam fortemente, implorando a ajuda celestial. Enquanto amparados pela Fé, pela Esperança ou pela Caridade, consolam-se e desconsolam-se, creem e descreem, tímidos, irritadiços e hesitantes; todavia, quando a Verdade brilha diante deles, revelando-lhes a condição em que se encontram, costumam fugir, apressados, em busca de esconderijos tenebrosos, dentro dos quais possam cultivar a ilusão.

***

Em uma ocasião Jesus disse que somente a verdade fará livre o homem.

Acostumemo-nos, pois, à sublime luz da verdade, reconhecendo em nós mesmos as causas de nossas desditas e busquemos, corajosamente, meios de alcançar, de modo definitivo, nossa libertação.

(XAVIER, Francisco Cândido. Jesus no Lar. Pelo Espírito de Néio Lúcio. A visita da Verdade).


A Verdade

Muito se fala sobre a verdade. Dizem que a verdade sempre aparece, mais cedo ou mais tarde. Nada pode deter a sua marcha, no tempo.

No entanto, alguns de nós, por vezes ficamos a pensar que ela deveria ser mais ágil. Afinal, conhecemos na História da Humanidade, quantas vezes ela foi ofuscada por interesses de poderosos de toda sorte.

Conta-se que quando foi coroado rei da Pérsia, Dario mandou dar uma grande festa para todos os seus súditos, espalhados em cento e vinte e sete províncias.

Terminada a festa, adormeceu, mas foi despertado pelas vozes alteradas de três rapazes que discutiam acerca do que seria a coisa mais forte do mundo.

Em vez de admoestá-los, ficou a escutá-los.

Decidiram que cada um escreveria uma frase dizendo o que era a coisa mais forte e submeteriam ao rei o julgamento.

E assim foi feito. As frases foram entregues ao soberano que, oportunamente, realizou uma convocação de nobres e conselheiros, na sala dos julgamentos.

Foi lida a primeira frase: O vinho é o mais forte.

Aquele que a escrevera, considerou que o vinho tem muita força. Tanta que pode transformar em tolos os homens mais grandiosos.

O rei poderoso e a criança ignorante se igualam sob sua força. Coloca nuvens na memória e torna discussões sem valor porque tudo cai no esquecimento.

A segunda frase dizia: O rei é o mais forte.

A justificativa do autor foi de que o rei tudo manda e é obedecido. Envia soldados para a guerra, condena pessoas à morte ou lhes concede o perdão.

Todos os súditos lhe devem obediência e ele faz o que lhe agrada. É apenas um homem, mas por ele os soldados cruzam montanhas, derrubam muralhas, atacam torres e depois de conquistado o país, lhe trazem o espólio.

A terceira frase afirmava: A verdade é mais forte que todas as coisas.

A defesa da tese foi ardorosa. Disse o jovem:

O rei pode ser perverso, o vinho é perverso. Os homens podem ser maus. Todos eles perecerão. Mas a verdade é eterna.

É sempre forte. Nunca morre. Tampouco é derrotada. Faz o que é justo. Não pode ser corrompida.

Não necessita do respeito das pessoas para existir. É grandiosa e soberana sobre todas as coisas.

E Dario julgou que o terceiro jovem era o mais sábio.

O jovem se chamava Zorobabel. Era um judeu e foi líder do seu povo, na época de seu retorno a Jerusalém do exílio na Babilônia.

Foi um dos reconstrutores do templo em Jerusalém.

*   *   *

A verdade sempre predomina. A verdade cresce à medida que o ser se desenvolve.

Ela se faz profunda, é sempre atual e enfrenta a razão em todas as épocas com os equipamentos da lógica e da realidade.

A verdade é pão que nutre, medicamento que cura, guia que conduz com equilíbrio.

Jamais fica desconhecida, por maiores sejam os obstáculos que se lhe anteponham.

Escapa a qualquer controle, por ser soberana, e, mesmo quando aparentemente morta, renasce.

Ninguém tem o direito de ocultar a verdade, qual se fosse uma luz que devesse ficar escondida. Onde se encontre, irradia claridade e calor.

Façamos a nossa parte.

Redação do Momento Espírita com base no cap. A verdade vencerá, de Ella Lyman Cabot, de O livro das virtudes, v. I, de William J. Bennett, ed. Nova Fronteira e no cap. Verdade libertadora, do livro  Sob a proteção de Deus, por Diversos Espíritos, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 2.9.2019.

O que é a verdade?

Contam as lendas que a verdade foi enviada por Deus ao mundo em forma de um gigantesco espelho.

E quando o espelho estava chegando sobre a face da Terra quebrou-se, partiu-se em inumeráveis pedaços que se espalharam por todos os lados.

As pessoas sabiam que a verdade era o espelho, mas não sabiam que ele havia se partido.

E por essa razão, as que encontravam um dos pedaços acreditavam que tinham nas mãos a verdade absoluta, quando, na realidade, possuíam apenas uma pequena parcela.

E quem deterá a verdade absoluta?

A verdade absoluta só Deus a possui e vai revelando ao homem na medida em que este esteja apto para conhecê-la.

Assim é que os inventores, os cientistas, os pesquisadores, vão descobrindo a cada século novas verdades que se acumulam e fomentam o progresso da Humanidade.

É como se fossem juntando os pedaços do grande espelho e conseguissem abranger uma parte maior.

Assim, a verdade é conquistada, graças aos esforços dos homens e não numa revelação bombástica sem proveito para quem a recebe.

Ademais, depois que a verdade é descoberta, ninguém pode encarcerá-la, nem guardá-la só para si.

Quem experimenta o sabor da verdade não mais permanece o mesmo. Toda uma evolução nele se opera e uma transformação radical e libertadora é inevitável.

Por vezes, a nossa cegueira não nos deixa vê-la, mas ela está em toda parte, latente, dentro e fora do mundo e é, muitas vezes, confundida com a ilusão.

Retida na consciência humana, é, a princípio, uma chispa que as forças do autoconhecimento e do autoaperfeiçoamento transformarão em uma estrela fulgurante.

A verdade emancipa a alma e a completa. Infinita, vitaliza o microcosmo e expande-se nas galáxias.

Vibra na molécula, agiganta-se no espaço ilimitado, e encontra-se ao alcance de todos.

É perene e existe desde todos os tempos e sobreviverá ao fim das eras.

A verdade é Deus. E para penetrá-la faz-se necessário diluir-se em amor como os grãos de açúcar em um cálice de água em movimento.

Só agora podemos compreender o motivo pelo qual Jesus calou-Se quando Pilatos lhe perguntou: O que é a verdade?

*   *   *

A verdade é luz que se expande.

Aquece sem queimar e vivifica sem produzir cansaço.

A meditação facilita-lhe o contato, a oração aproxima o homem da sua matriz e a caridade propicia a vivência com ela.

A humildade abre a porta para que adentre no coração do homem e a fé facilita-lhe a hospedagem nos sentimentos.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 7, do livro: A um passo da imortalidade, pelo Espírito Eros, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 05.11.2009.

domingo, 5 de junho de 2022

Evangeliza - Abra seu coração

 Abra seu coração ❤️


A sala estava repleta de convidados, todos curiosos para ver a obra de arte que ainda estava oculta sob o pano.
Falava-se que o quadro era lindo.
As autoridades do local estavam presentes, entre fotógrafos, jornalistas e outros convidados, porque o pintor era muito famoso.
Na hora marcada, o pano que cobria a pintura foi retirado e houve caloroso aplauso.
O quadro era realmente impressionante.
Tratava-se de uma figura exuberante de Jesus, batendo suavemente na porta de uma casa.
O Cristo parecia vivo. Com o ouvido junto à porta Ele desejava ouvir se lá dentro alguém respondia.
Houve discursos e elogios.
Todos admiravam aquela obra de arte perfeita.
Contudo, um observador curioso achou uma falha grave no quadro: a porta não tinha fechadura.
Dirigiu-se ao artista e lhe falou com interesse:
A porta que o senhor pintou não tem fechadura. Como é que o Visitante poderá abri-la?
É assim mesmo, respondeu o pintor calmamente.
A porta representa o coração humano, que só abre pelo lado de dentro.
*   *   *
Muitas vezes mal interpretado, outras tantas desprezado e grandemente ignorado pelos homens, o Cristo vem tentando alcançar nossa casa íntima há mais de dois milênios.
Conhecedor do caminho que conduz à felicidade suprema, Jesus continua sendo a visita que permanece do lado de fora de muitos corações.
Nós O chamamos de Mestre, mas não aceitamos que Ele nos ensine sobre as verdades da vida.
Falamos que Ele é o médico das almas, mas não seguimos Suas prescrições.
Dizemos que Ele é o Irmão maior, mas não permitimos que coloque a mão sobre nossos ombros e nos conduza por caminhos seguros.
Enquanto Jesus espera que abramos as portas do nosso entendimento, nós saímos pelas janelas da ilusão e desperdiçamos a oportunidade de seguir com quem possui a chave que abre as portas do infinito.
Pense nisso. E se deseja se dar essa oportunidade e não sabe por onde iniciar, comece por conhecer a proposta de renovação moral, trazida pelo Mestre de Nazaré.
Jesus dividiu a História da Humanidade e Seus ensinamentos têm a lucidez de quem conhece as leis que regem o Universo.
Portanto, orientar-nos por Suas sábias lições é uma questão de inteligência. Afinal, Ele conhece o caminho que nos conduzirá na direção da felicidade plena que tanto desejamos.
Pense nisso!
*   *   *
O olhar de Jesus dulcificava as multidões.
Seu coração magnânimo acolhia todos aqueles que O buscavam com desejo sincero de aprender.
Seu abraço de luz envolvia as almas sedentas de paz.
Seus sábios ensinamentos são atuais e capazes de impulsionar a Humanidade por caminhos seguros.
Seu convite é ao amor e à instrução, as duas asas que nos farão gravitar acima da ignorância e nos conduzirão ao encontro da liberdade efetiva.
Pense nisso, e destrave as portas do seu entendimento.

Redação do Momento Espírita, com base no verbete Jesus, do livro Repositório de sabedoria, v. 2, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL e história de autoria ignorada.

domingo, 8 de maio de 2022

Evangeliza - Maria

 Maria

(Auta de Souza / Francisco Cândido Xavier)

Toda a expressão de ternura
Do mundo de provação,
Nos Céus ditosos procura
A sua excelsa afeição.

Consolo das mães piedosas,
Cheias de mágoa e de pranto,
Sobre quem atira as rosas
Do seu Amor sacrossanto.

Ninguém diz, ninguém traduz
Essa visão da Harmonia,
Visão de paz e de luz,
Paz dos Céus! Ave-Maria!

(XAVIER, Francisco Cândido. Parnaso de Além-Túmulo. Pelo espírito de Auta de Souza).



sexta-feira, 15 de abril de 2022

Evangeliza - Cantiga da Esperança

 Cantiga da Esperança

(Maria Dolores / Francisco Cândido Xavier)

Cantiga da Esperança

Alma querida,
Por mais que o mundo te atormente
A fé simples e boa,
Por mais te lance gelo na alma crente,
Na sombra que atraiçoa,
Alma sincera,
Escuta!...
Sofre, tolera, aprende, aperfeiçoa,
Porque de esfera a esfera,
Ninguém consegue a palma da vitória,
Sem apoio na luta.

Espera, que a esperança é a luz do mundo –
Oculta maravilha –
Que, em toda a parte, se revela e brilha
Para a glória do amor.
A noite espera o dia, a flor o fruto,
O espinho a rosa, o mármore o buril,
O próprio solo bruto
Espera o lavrador
Armado de atenção, arado e zelo...

O verme espera o sol para aquecê-lo.

A fonte amiga que se desentranha
Do coração de pedra da montanha,
Enquanto serve, passa e se incorpora
Aos encargos do rio que a devora,
E espera descansar,
Quando chegue escondida
A paz da grande vida
Que há no seio do mar.

Seja o que for
Que venhas a sofrer,
Abraça o lema regenerador
Do perdão por dever.

Leva pacientemente o fardo que te leva,
Entre o rugir do vento e o praguejar da treva...
Abençoa em caminho
Os açoites da angustia em torvo redemoinho;
Onde não passas, coração
E segue sem parar,
Amando, restaurando, redimindo...

Edificando, em suma,
Não te revoltes contra coisa alguma!...

Ao vir a tarde mansa,
Na doce quietação crepuscular,
Quando a graça do corpo tomba e finda,
Verás como foi alta, nobre e linda
A ventura de esperar.

E, enquanto a noite avança
Para dar-te as visões de uma alvorada nova,
Nas asas da esperança,
Bendirás a amargura, a dor e a prova,
Agradecendo a Terra a bênção de entendê-las.
Subiras, subiras
Para o ninho da luz nas estâncias da paz,
Que te aguarda, tecido em radiações de estrelas!...

Então, compreenderas
Que, além do mais Além –
No Coração da Altura –
Deus trabalha, Deus sonha, Deus procura,
Deus espera também!...

Por: Maria Dolores, Do livro: Antologia da Espiritualidade, Médium: Francisco Cândido Xavier

sexta-feira, 8 de abril de 2022

Evangeliza - EINSTEIN E O AMOR

  EINSTEIN E O AMOR



“Quando propus a teoria da relatividade, muito poucos me entenderam, e o que lhe revelarei agora para que o transmita à humanidade, também se chocará contra a incompreensão e os preconceitos do mundo. Peço-lhe mesmo assim, que o guarde o tempo todo que seja necessário, anos, décadas, até que a sociedade haja avançado o suficiente para acolher o que lhe explico a seguir.

Existe uma força extremamente poderosa para a qual a ciência não encontrou ainda uma explicação formal.

O físico Albert Einstein é reconhecido como um dos homens mais inteligentes do último século. É conhecido pelo seu pensamento fora da caixa, por uma vida excêntrica, mas também pela sua fé.

Acredita-se que após a sua morte, a sua filha Lieserl recebeu esta carta acerca do Amor:

O AMOR
“Quando propus a teoria da relatividade, poucos me entenderam, e o que te revelo agora para que o transmitas à humanidade, também chocará contra a incompreensão e os preconceitos do mundo. Peço-te mesmo assim, que o guardes o tempo que for necessário, anos, décadas, até que a sociedade tenha avançado o suficiente para acolher o que te explico a seguir.

Existe uma força extremamente poderosa para a qual a ciência não encontrou ainda uma explicação formal.

É uma força que inclui e governa todas as outras, e que está inserida dentro de qualquer fenómeno que atua no universo e que ainda não foi identificada por nós. Esta força universal é o Amor.

Quando os cientistas procuram uma teoria unificada do universo, esquecem a mais invisível e poderosa das forças.

O amor é luz, já que ilumina quem o dá e o recebe.

O amor é gravidade porque faz com que as pessoas sejam atraídas umas pelas outras.

O amor é potência, porque multiplica o melhor que temos e permite que a humanidade não se extinga no seu egoísmo cego.

O amor revela e desvela. Por amor se vive e se morre.

Esta força explica tudo e dá sentido em maiúscula à vida.

Esta é a variável que temos evitado durante demasiado tempo, talvez porque o amor nos dá medo, já que é a única energia do universo que o ser humano não aprendeu a controlar segundo o seu belo prazer.

Para dar visibilidade ao amor, fiz uma simples substituição na minha mais célebre equação. Se no lugar de E=mc² aceitamos que a energia necessária para curar o mundo pode ser obtida através do amor multiplicado pela velocidade da luz ao quadrado, chegaremos à conclusão de que o amor é a força mais poderosa que existe, porque não tem limite.

Após o fracasso da humanidade no uso e controlo das outras forças do universo que se voltaram contra nós, é urgente que nos alimentemos de outro tipo de energia.

Se quisermos que nossa espécie sobreviva, se nos propusermos a encontrar um sentido à vida, se desejarmos salvar o mundo e que cada ser sinta que nele habita, o amor é a única e última resposta.

Talvez ainda não estejamos preparados para fabricar uma bomba de amor, um artefacto bastante potente para destruir todo o ódio, o egoísmo e a avareza que assolam o planeta.

Porém, cada indivíduo leva no seu Interior, um pequeno mas poderoso gerador de amor cuja energia espera ser libertada.

Quando aprendermos a dar e receber esta energia universal, querida Lieserl, comprovaremos que o amor tudo vence, tudo transcende e tudo pode, porque o amor é a quintessência da vida.

Lamento profundamente não ter sabido expressar o meu coração abriga, que bateu silenciosamente por ti toda a minha vida.

Talvez seja tarde demais para pedir-te perdão, mas como o tempo é relativo, preciso dizer-te que te amo e que graças a ti, cheguei à resposta última.

O teu pai"
"Albert Einstein”

Fica o convite para usares essa força que possuis (que todos possuímos)!


domingo, 27 de março de 2022

Evangeliza - NA SENDA DO CRISTO

 NA SENDA DO CRISTO

(Emmanuel - Francisco Cândido Xavier)



“Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem.” 
– Jesus. (Mateus. 5:44.) 
 
O caminho de Jesus é de vitória da luz sobre as trevas e, por isso mesmo, repleto de obstáculos a vencer. 
Senda de espinhos gerando flores, calvário e cruz indicando ressurreição... 
O próprio Mestre, desde o início do apostolado, desvenda às criaturas o retiro da elevação pelo sacrifício. 
Sofre, renunciando ao divino esplendor do Céu, para acomodar-se à sombra terrestre na estrebaria. 
Experimenta a incompreensão de sua época. 
Auxilia sem paga. 
Serve sem recompensa. 
Padece a desconfiança dos mais amados. 
Depois de oferecer sublime espetáculo de abnegação e grandeza, é içado ao madeiro por malfeitor comum. 
Ainda assim, perdoa aos verdugos, olvida as ofensas e volta do túmulo para ajudar. 
Todos os seus companheiros de ministério, restaurados na confiança, testemunharam a Boa Nova, atravessando dificuldade e luta, martírio e flagelação. 
Inúteis, desse modo, nos círculos de nossa fé, os petitórios de protecionismo e vantagens inferiores. 
Ressurgindo no Espiritismo, o Evangelho faz-nos sentir que tornamos à carne para regenerar e reaprender. 
Com o corpo físico, retomamos nossos débitos, nossas deficiências, nossas fraquezas e nossas aversões... 
E não superaremos os entraves da própria liberação, providenciando ajuste inadequado com os nossos desejos inconseqüentes. 
Acusar, reclamar, queixar-se, não são verbos conjugáveis no campo de nossos princípios. 
Disse-nos o Senhor -"Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem.” 
Isso não quer dizer que devamos ajoelhar em pranto de penitência pé de nossos adversários, mas sim que nos compete viver de tal modo que eles se sintam auxiliados por nossa atitude e por nosso exemplo, renovando-se para a o bem, de vez que, enquanto houver crime e sofrimento, ignorância e miséria no mundo, não podemos encontrar sobre a Terra a luz do Reino do Céu.

(XAVIER, Francisco Cândido. Palavras de Vida Eterna. Ditado Pelo Espírito de Emmanuel. Capítulo 16 - NA SENDA DO CRISTO).


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